Conjugados pela nossa santíssima trindade, pela nossa tríplice aliança, pelo nosso trinômio perfeito: o tédio, a melancolia e a depressão. Estupidamente insistimos em dissolver este triângulo retângulo com o osso do peito. Na verdade com os ossos de nossos peitos. Já nos falta cabeça, já nos falta pescoço, já nos falta vontade, já não temos mais ânimo. Existimos, dia após dia, como os riscos feitos pelo prisioneiro na parede da cela. Nosso cotidiano é contado a cada cinco riscos. Elegemos marcos estranhos. Bóias. Faróis. Símbolos para não nos perdermos nessa massa contínua na qual tornaram-se os dias. Por vezes nos drogamos – tentativa de atenuar os sintomas – mas na maioria das vezes continuamos, estupidamente, suportando nossos dias com o osso do peito.