E se eu disser que fui num bar, no centro da cidade de Vitória, e lá eu vi quatro homens chacoalhando os pés ao som de um DVD do A-HA e segurando suas cabeças e dores na força cristalina de copos de cerveja e cachaça. Lá estavam eles, imunes ao que eu também vi.
E se eu disser que lá, entre o caixa e a copa, estava a morte. Ela olhava para tudo e nada via. Olhava para todos e a todos esquecia. Com certeza ela esperava o tempo que ali não se sentia.
E se eu disser que, nesse mesmo bar, o tempo, tranqüilo e sereno, sem pressa ou tardia, sem modo ou fantasia, ali feliz residia. Sentado num canto, em meio a dois prantos, de si esquecia deixando a morte triste e vazia.