Não sou eu. Não és tu. A curiosidade é que tem me movido nos últimos tempos. W.B. nos comentou sobre um abismo no vértice entre o céu e o inferno. É por ele que tenho andado. A cada segundo, a cada passo, tenho sentido o perigo dos meus desejos. Sim, a curiosidade pode matar! A tentação de saber, avançar, desvelar uma pequena certeza sonhada. Meu plano é saber e parar. Margear este abismo, certificar-me e parar. Mas como saber se vou conseguir parar? Como saber se não vou me atirar? Já pensei em abandonar o abismo. Já encontrei este caminho. Já percorri este caminho. Mas voltei. Não sei como, mas voltei. Na verdade eu sei como. O caminho ainda estava vivo dentro de mim. O abismo ainda estava dentro de mim. Como uma raiz. Bastaram poucas e pequenas gotas para este novo germinar.
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